BARRICADAS

FECHAM AS PORTAS E ABREM OS CAMINHOS

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

começaram as punições na Unicamp

Hoje, dia 13 de setembro a reitoria começou a convocar os chamados "responsáveis" para depor em uma sindicância. Até agora, foram convocados para depor 4 estudantes do IFCH e 2 da FE. Os depoimentos já começam na segunda-feira.

Dada a gravidade da situação, chamamos à todos para uma reunião que acontecerá na segunda-feira (17) às 12h no CACH para discutir esta questão da sindicância. Após a reunião seguiremos para a reitoria para acompanhar as primeiras pessoas que irão depor na segunda-feira às 16h45. É muito importante que o máximo de pessoas possível esteja sabendo desta reunião e desta sindicância, inclusive de outros institutos, pois ainda não sabemos se mais pessoas de outros locais já foram chamadas.

Acontecerá também na terça-feira (18) às 12h uma Assembléia Geral no IFCH em que chamamos estudantes, funcionários e docentes para participar. A pauta é a avaliação da greve, mas discutiremos também, diante dos novos acontecimentos, a questão das punições.

Por favor, divulguem para todos que puderem pois alguns colegas nossos estão sendo já responsabilizados por atos coletivos...

terça-feira, 10 de julho de 2007

O CORUJJÃO CONTRA A REPRESSÃO:

FILMEDEBATE: CABEZAS CORTADAS - GLAUBER ROCHA - ESPANHA 1970.
QUINTA AS 18:H NO AUDITÓRIO DO IFCH.


DIVULGUEM!
ELDORADO EXISTE!!!!!!

segunda-feira, 9 de julho de 2007

POLÍTICA É PARA ESTUDANTE, SIM

Plínio Antônio Britto Gentil
Procurador de Justiça
Doutor em Direito das Relações Sociais
Professor do curso de Direito do IMESB


Depois de uma longa negociação, os estudantes da USP, em S. Paulo, deixaram a reitoria da universidade, que tinham ocupado há quase dois meses. O Jornal da Globo deu a notícia, no dia 22 de junho, e logo tascou no ar alguém intitulado cientista político, para dizer que estudante bom é o que só estuda e que política não é coisa para se fazer na universidade. Disse, com outras palavras, que bom mesmo é estar tudo calmo, em paz, mesmo que essa paz seja como aquela encontrada nos cemitérios, que é compulsória.
É de pasmar. Em pleno regime democrático, o Brasil que se alimenta da TV é obrigado a engolir preciosidades como essa, que deviam ter sido enterradas junto com o regime militar, finado há mais de vinte anos. Utilizando o mesmo argumento, o ministro da Educação do governo Geisel disse a estudantes que preparavam uma passeata que ficassem em casa. Rolava o ano de 1977 ou 1978. Por esses tempos foi que o coronel Erasmo Dias, secretário da Segurança de S. Paulo, comandou uma covarde invasão da polícia militar à PUC, com saldo de uma imensa depredação e vários estudantes feridos, alguns com queimaduras graves. Do perigoso material subversivo que a tropa foi lá procurar, encontrou livros de ciências sociais e faixas pedindo anistia e uma assembléia constituinte.
A democracia veio, em parte pelas mãos do próprio governo, que acabou com os poderes ditatoriais do presidente e mais tarde aprovou a Lei da Anistia. Depois veio a Constituinte. Mas para a mentalidade oficial, a dos que dominam, que se expressa através da Globo, política não é coisa para estudante; crise estudantil, se for brava, é caso de polícia.
Isso não é assim por acaso. Com a redemocratização do país, instalaram-se governos civis e, de Collor para diante – exceção feita ao período de Itamar Franco – passou a vingar, na economia e na política, o sistema chamado de neoliberal. Em nome dele foi reformada a Constituição e dela excluídos certos direitos sociais duramente obtidos e implantados em 1988. As “vantagens” dessas reformas, apregoadas pela mídia comprometida com o poder, não passam do resultado de pressões do grande capital financeiro que investe no Brasil, ou que financia a compra de nossos produtos, em geral matéria-prima, e que vê nos direitos trabalhistas, na previdência social e nas formalidades do nosso direito processual obstáculos para os seus ganhos.
Resumindo a ópera, nossa democracia é apenas formal, já que o grosso da população vota mas não manda nada. Nosso sistema econômico é muito conveniente para quem tem capital para investir a custos baixos, pagando salários de fome, e de preferência não tendo compromissos com a melhoria da vida do povo. É invejável para os bancos, que há muito tempo não lucravam tanto. É fantástico para os políticos profissionais, que, em regra, representam os interesses de quem tem dinheiro
Claro, portanto, dentro dessa lógica, que estudante é feito para estudar e política é coisa para políticos. Quanto mais chucra, dócil e passiva for a população, feita na maioria de assalariados, mais tranqüila será a vida do capitalista e dos que o representam no aparato do Estado. E onde, por definição, se forma - ou deveria se formar - uma camada de gente pensante? Na universidade. Ora, então é preciso convencer os universitários de que eles não têm nada a ganhar se metendo onde não são chamados.
Alguns dirão que os estudantes da USP – e seus colegas de outras instituições públicas – são privilegiados justamente porque estão lá e que, por isso, não são porta-vozes da massa assalariada. São privilegiados sim. Pela mesma lógica da desigualdade de oportunidades entre os que têm e os que não têm, os alunos dos cursos superiores públicos e gratuitos são, em boa parte, aqueles cujos pais desembolsaram rios de dinheiro para lhes pagar o ensino médio e o cursinho. Mas é aí que está o valor das suas manifestações. Porque são pessoas de famílias que, no mínimo, se dão bem no sistema e que poderiam ficar caladas pois, de um jeito ou de outro, acabarão se virando na vida: escaparam do destino de miséria e desilusão de quem vive na pobreza. E também porque falam menos por si e muito mais em nome dos desfavorecidos abaixo deles. São estes, na verdade, que sofrem mais duramente os efeitos de um sistema educacional centrado na escola-empresa, regida pela competição mais despudorada e que faz do ensino o equivalente a uma lata de conservas numa prateleira, cujo valor é determinado pelas leis do mercado.
Numa nova versão do “crescei e multiplicai-vos”, que dispensa investimentos estatais, esse modelo educacional foi alavancado no Brasil pela mesma onda que impôs reformas na previdência e que ameaça direitos trabalhistas E que fala em parcerias do Estado com empresas privadas, como se isso fosse um achado e não uma forma disfarçada de cada vez mais comprometer o poder público com interesses particulares, em benefício dos últimos.
Para quem não se lembra, o movimento dos universitários que, com erros e acertos, culminou com a ocupação da reitoria da USP, desabrochou justamente por conta de mal explicados – para dizer o menos – decretos do governo estadual que representam uma aproximação das universidades públicas ao modelo das particulares, subservientes às leis do mercado.
Pois bem. Os estudantes mudos e distantes da política que a mentalidade oficial sugere, pela voz da Globo, são aqueles acomodados que permanecem no conforto que sua posição lhes proporciona; são os que, trinta anos atrás, não se solidarizaram com os colegas da PUC espancados e queimados porque pediam anistia e constituinte; são os que não percebem que é impossível estar vivo e não fazer política e que a omissão é, sim, uma atitude política, mas conveniente apenas para quem tem o poder nas mãos; são os que fingem não notar as enormes injustiças de um sistema que incentiva o “ter” mas não permite que todos “tenham”; são aqueles que perderam a capacidade de se indignar com os desmandos dos poderosos que usam o Estado para dar tudo aos amigos e “a lei” para os outros. Não são estudantes, são mortos. Seus corpos descansam do que nunca fizeram e gozam a doce paz dos cemitérios.

domingo, 8 de julho de 2007

Balanço da greve e continuidade da luta!

GT Currículo Ciências Sociais - discussão e aprofundamento nas propostas de reformas curriculares dos departamentos de Ciências Sociais.
Terça-feira (10/07) - 12h - IH08

Reunião de balanço da greve - discussão/balanço sobre a greve do IFCH e das estaduais.
Terça-feira (10/07) - 17h no CACH

É importante que todos compareçam, pois só assim poderemos definir com mais clareza nossas propostas em relação ao currículo e discutir os problemas e acertos de nossa greve.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Ato contra as calunias veiculadas no Correio Popular contra a funcionária Vivien

Nós, funcionários e estudantes, reunidos neste dia 05/07/2007, diante da denúncia policialesca feita pelo jornalista do Correio Popular de Campinas, resolvem pedir que o STU tome atitudes imediatas; levando em conta que as ações da companheira Vivien foram votadas em assembléia dos funcionários e em assembléias conjuntas de funcionários e estudantes. Resolvemos exigir o seguinte:

1 . Que o STU coloque o Departamento Jurídico do Sindicato, total e prontamente, a serviço desta causa; e que o Sindicato solicite o apoio do DCE, da ADUNICAMP, do FÓRUM DAS 6 e da FASUBRA;

2. Que encaminhe o presente dossiê, anexo, e exija uma posição do SINDICATO DOS JORNALISTAS e de outros órgãos que representam os jornalistas como FEDERAÇÃO DOS JORNALISTAS E ABI(Associação Brasileira de Imprensa);

3 . Que o STU, no FÓRUM DAS 6 e junto o SINTUSP tome os mesmos procedimentos contra a FSP no que se refere ao companheiro Brandão, também atacada e caluniado;

4 . Que o STU encaminhe ao OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, que sempre defendeu os jornalistas que sofrem opressão e violência, para que também se posicione, neste momento onde há jornalistas e jornais se comportando como policiais opressores;

5 . Propomos ainda que, enquanto não tivermos um desenlace satisfatório, cobraremos, em todas as reuniões sindicais e estudantis, através de moções e resoluções, que entidades democráticas e sindicais, se posicionem contra estes jornalistas caluniadores;

6 . Nos propomos, também, lutarmos sempre contra qualquer criminalização dos movimentos sociais e defender intransigentemente a liberdade de expressão, por isso é fundamental lutarmos pelo direito de resposta na imprensa para salvaguardarmos também o nosso direito de expressão;

7 . Que o STU encaminhe estas denúncias e todas que, eventualmente, formos obrigados a fazer, a todas as entidades sindicais, estudantis e democráticas;

8 . Que o STU encaminhe os dossiês e solicite espaço em toda a imprensa sindical e democrática;

9 . Gostaríamos ainda de relembrar a decisão da Assembléia dos funcionários, ao final da greve, que decidiu que, diante de qualquer punição, tanto a funcionários como a estudantes, o Sindicato chamará uma Assembléia com indicativo de greve contra as punições:

10 . Que, também, o FÓRUM DAS 6, diante deste ataque, que é um ataque ao nosso movimento, faça uma matéria paga para a Folha de São Paulo e Correio Popular de Campinas.

*um grupo se reuniu na sexta-feira 06/07 às 12h30 p/ entregar conjuntamente estas resoluções ao STU.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Manifestação ocorrida na Praça Tiradentes no dia 03/07 em Ouro Preto tem repressão policial truculenta

A manifestação PACÍFICA em favor do ensino público de qualidade e contra o sucateamento da universidade pública foi truculentamente reprimida pela polícia, que usou bombas de efeito moral, balas de borracha e desceu o cacete no pessoal, inclusive tem um povo de história que ficou ferido e estão internados. Também teve algumas prisões.

Fotos:
http://www.flickr.com/photos/9646287@N07/

Vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=uya_jMq-GDQ
http://www.youtube.com/watch?v=geiWOLvxGaU
http://www.youtube.com/watch?v=muhTPRBpVjw 
http://www.youtube.com/watch?v=-WISj6woHzg
http://www.youtube.com/watch?v=GvwxSF2HLw0
http://www.youtube.com/watch?v=Zrzc4L22AQU
http://www.youtube.com/watch?v=nJ8Q7QFd8UI

O mais interessante é que a polícia não intimou os estudantes para que o trânsito na praça fosse liberado, ela já chegou batendo. A reitoria da UFOP entrou com uma ação no ministério público contra a ação da polícia, as fotos das agressões foram anexadas no processo. Tem uma foto (que eu não consegui achar na internet) de um policial dando uma porrada com o cacetete no cara caído no chão.

* Mensagem enviada por email por estudante da UFOP

terça-feira, 3 de julho de 2007

Carta aberta dos estudantes do IA à comunidade acadêmica

Nós, estudantes do Instituto de Artes, segundo a última assembléia, decidimos pela retomada das aulas e atividades do semestre a partir do dia de hoje (02/07). Porém, continuamos apoiando o movimento e reiteramos nossa postura contra os decretos do governador José Serra, de acordo com a carta do Comando Estadual de Greve:

"1. Consideramos inconstitucional a criação da Secretaria de Ensino Superior, uma vez que uma Secretaria de Estado só pode ser criada através de lei aprovada pela Assembléia Legislativa, como prevê a Constituição Estadual, e não por decreto. Da mesma forma consideramos inconstitucional a separação entre ensino, pesquisa e extensão, realizada pelo decreto n. 51. 460, que separa as Universidades Estaduais da Fapesp e CEETEPS.
Sendo assim, continuaremos na luta pelo que entendemos ser legítimo fazendo atos por todo o Estado.
2. Não aceitaremos qualquer punição a alunos, funcionários e professores das Universidades Estaduais por motivos políticos de greve e seus métodos – inclusive piquetes, barricadas e ocupações. Também não aceitaremos de forma alguma a presença e permanência da Polícia Militar nos Campi, ..."

Caso haja qualquer tipo de punição aos alunos, funcionários e professores, o IA entrará em greve novamente.

Esclarecemos que continuaremos mobilizados, dentro e fora do instituto, a partir do que já foi realizado e construído, como:
- Parada Cultural
- Grupo de Estudos do IA
- Encontro das Artes
- Comitê Estadual de Greve

e com o aprofundamento de nossas discussões, que geraram novos espaços, como:
- Comissão para discussão da grade horária
- Assembléias mensais do IA
- Reuniões quinzenais dos estudantes da plásticas com os RDs (Representantes Discentes)
- Reuniões semanais dos estudantes da música; dança; cênicas; midialogia.

CARTA ABERTA DOS ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO DO IFCH À COMUNIDADE ACADÊMICA

Em assembléia realizada no dia 16 de maio de 2007, os estudantes de pós-graduação do IFCH deliberaram a incorporação ao movimento grevista, iniciado pelos estudantes de graduação no dia anterior.
Reiteramos que, tal como a entrada, a permanência na greve até a presente data foi sempre uma decisão coletiva e discutida em assembléia. Nossa permanência não se deu por outro motivo senão a justeza das reivindicações do movimento. Consideramos os decretos expedidos no início do ano pelo Governo Serra, um grave ataque à autonomia universitária, que a comunidade acadêmica não deveria aceitar de forma passiva. A decisão de permanecer em greve mesmo após o chamado “decreto declaratório” se deu porque entendemos que a autonomia universitária não se resume à autonomia financeira, ainda que reconheçamos sua importância. A autonomia acadêmica continua em risco.
Diante do exposto, rechaçamos veementemente qualquer tipo de punição. Não cabe a individualização de um movimento que foi construído coletivamente pelos estudantes de graduação e pós-graduação.
Consideramos a não revisão dos prazos para entrega de trabalhos também um tipo de punição, que não cabe a um Instituto que preza pela democracia. Reivindicamos, assim, a prorrogação do prazo para, no mínimo, dia 24/08/2007. Prazo imprescindível para elaboração de trabalhos academicamente qualificados.
Assumimos, portanto, o caráter coletivo do movimento grevista; todos participamos e somos responsáveis pelos métodos escolhidos e pelos rumos tomados! Não nos envergonhamos de defender a Universidade pública, gratuita e autônoma!!!

Campinas, 03 de julho de 2007.

O Correio mente, mais uma vez!!!

Correio Popular (27/06/2007)
Xeque-Mate - EDMILSON SIQUEIRA edmilson@rac.com.br

Delinqüência

Todos os "líderes" da invasão da diretoria acadêmica da Unicamp deveriam ser expulsos da universidade. Além de já terem cometido um ato passível de expulsão,desobedecem à ordem judicial e, agora, zombam da lei, fazendo ironia tanto contraseus superiores na escola quanto contra a Justiça. O caso vai além da simplesimpunidade: tanto a Justiça, que não obriga o cumprimento da sentença dereintegração de posse, quanto as autoridades educacionais, que hesitam em aplicar
alei, estão simplesmente incentivando a delinqüência. Falsa aluna E tem mais: segundo fonte da coluna, a mulher de tranças estilo dread lock ourastafari que apareceu na primeira página do Correio de ontem não é estudante daUnicamp, embora faça pose de "líder da ocupação". Trata-se de uma petista, deprenome Vívien, conhecida na Unicamp pelas suas campanhas pró-Lula e por suaparticipação nos movimentos dos servidores. Ou seja, não é só com estudantes que sefaz uma invasão.

Correio Popular (29/06/2007)
Confirmando 1


Um assíduo leitor da coluna - e petista ferrenho - enviou e-mail dizendo que aservidora da Unicamp flagrada fazendo pose de aluna invasora da diretoria acadêmicanão é petista e, mais, é crítica do governo Lula, ao contrário do que foi publicado.Pode até ser que ela tenha se desfiliado do PT, mas a fonte da coluna confirmou: "aVivien (esse seu primeiro nome) é clara e historicamente militante do PT, sobre tudo lulista, oriunda e formada nas comunidades eclesiais de base do Jardim São Vicente".Confirmando 2 A fonte garante ainda que "no movimento dos funcionários da Unicamp articuladecisivamente no grupo petista, de ferrenha oposição ao PCdoB". E, claro, o assíduo leitor dacoluna que quis contestar a nota em momento algum contestou o fato principal: elanão é aluna, mas faz parte da turminha que invadiu a diretoria acadêmica. Deveriaser demitida a bem do serviço público e por justa causa, já que cometeu falta grave.

Fonte: Correiro Popular Digital
Texto apresentado junto ao pedido de "Direito de Resposta" ao Correiro Popular:
Em resposta à nota da Coluna Xeque-Mate dos dias 27 e 29/06, trago ao conhecimentopúblico informações desconhecidas, ou propositalmente omitidas, pelo Sr. EdmilsonSiqueira. Aparentemente o Sr. Siqueira desconhecia o fato de eu ser funcionária da Unicamp e não aluna. Contudo, tal informação não trouxe nenhuma novidade ou surpresa àComunidade Universitária, uma vez que, por trabalhar na Unicamp há mais de 20 anos eestar sempre presente nas lutas dos funcionários, seja em campanhas salariais, sejaem movimentos em defesa da universidade, uma parcela bastante considerável dosintegrantes da Comunidade Universitária me reconhece.No momento da referida foto, não só eu, mas dezenas de funcionários, dezenas dealunos e inclusive um professor que havia acabado de fazer um debate com ospresentes, discutindo "a democracia", estávamos usando o crachá de LIDER DAOCUPAÇÃO, numa clara demonstração de solidariedade aos estudantes e de protesto àameaça da reitoria de punir os líderes da ocupação da Diretoria Acadêmica.Cabe lembrar que tal ocupação se deu no contexto de uma greve em defesa da AutonomiaUniversitária, movimento que teve participação dos três segmentos da Universidade -professores, funcionários e estudantes. Autonomia esta que, para além dos Decretosdo Governador Serra, está bastante ameaçada na Unicamp, visto que já há muito tempohá a implementação de uma política de redução de vagas de professores efuncionários, precarização e terceirização dos postos de trabalho, contingenciamentode verbas para política de recursos humanos e carreira dos funcionários, carreiraesta aliás, existente apenas no momento do CRUESP negar-se a atender a reivindicaçãode reajuste linear de R$ 200,00, com o insólito argumento de que prejudicaria acarreira dos funcionários. A Autonomia Universitária também está ameaçada a partir do ataque que é feito aocaráter público da universidade, vinculando suas pesquisas cada vez mais aosinteresses da iniciativa privada e de grandes empresas e agora, mais explicitamente,no ataque que está sendo feito à ocupação da DAC. O movimento estudantil tem o direito de decidir sobre suas formas de atuação, e escolheu o instrumento daocupação para expressar seu descontentamento com a política da administração dauniversidade. Isso não dá a ninguém o direito de condená-los ou solicitar puniçãoaos envolvidos no movimento. Há na universidade, local teoricamente do livre pensar, uma elite que se julga "donada verdade", e que se pretende a única com direito de expressão de suas opiniões.Tal elite qualifica a ocupação dos estudantes de violenta. Violento é o fato departe da moradia estudantil estar desabando, colocando em risco seus moradores.Violento é diminuir o quadro de funcionários e professores ao mesmo tempo em que seamplia vagas, de modo a causar sobrecarga de trabalho e diminuir a qualidade dosserviços prestados. Violento é inviabilizar negociação unilateralmente durante ummovimento que deveria ter a parceria dos reitores por se tratar da defesa dasUniversidades Públicas Paulistas. E violência maior é alardear listas de docentes daUnicamp condenando a ocupação e pedindo que medidas sejam tomadas para acabar com aocupação. Isso é fácil, senhores: basta que usem seu "poder de influência" parasolicitar ao Reitor da Unicamp que volte a negociar com o movimento estudantil aoinvés de fazer coro com os que criminalizam os movimentos sociais. O atual movimento grevista se concretizou num momento importante de reflexão arespeito de qual universidade estamos oferecendo à população. Com certeza precisamosrepensar uma universidade que, além de se entregar aos interesses do mercado, sefecha às camadas pobres da população, elitizando cada vez mais o acesso àuniversidade e que, infelizmente, opta pelo arriscado caminho da repressão e dodesrespeito às diferenças, na exata contramão de sua atuação em tempos difíceis dahistória brasileira. A greve dos funcionários foi encerrada com a declaração pública de apoio à greve dosestudantes e respeito irrestrito às suas formas de organização. A última assembléiada categoria aprovou também o retorno à greve caso haja alguma punição aosgrevistas, sejam funcionários, professores ou alunos. Outro aspecto, menos importante, mas que também explicita a desinformação do Sr.Siqueira e suas fontes, é que em 31/07/2002 o PT/Campinas protocolou minha cartarequerindo minha desfiliação ao PT. Fazia campanha para Lula quando sua candidaturatinha projeto radicalmente diferente dos de 2002 e 2006. Me orgulho de tê-la feito,assim como tantos outros lutadores e sonhadores de uma sociedade humanitária.Contudo, o PT de hoje, assim como seu presidente, não contam com o meu mínimo apoioou concordância. A insistência do Sr. Siqueira em afirmar que fiz pose de invasora e me vincular aoPT, mostra sua intenção de descredenciar o movimento estudantil da Unicamp, uma vezque é público que os funcionários da Unicamp, ao decidirem por sua saída da greve,aprovou "apoio à greve dos estudantes e o irrestrito respeito às suas formas deorganização".Quanto à opinião do jornalista, de que eu deveria ser demitida por justa causa porter cometido falta grave, se deve a um problema de leitura do distinto senhor e suasfontes - o que fiz não é grave, é GREVE.Para quem se pretende jornalista, o Sr. Siqueira deveria, no mínimo, tentar seinformar melhor a respeito dos assuntos que quer abordar em sua coluna dedesinformação, bem como qualificar sua rede de informantes.

Vivien Helena de Souza RuizFuncionária da Unicamp desde 1986

Convocatótia de solidariedade à Vivien

CONVOCATÓRIA

Depois da luta, os derrotados tentam reverter a situação , de todas as maneiras,desde o chamado ASSÉDIO MORAL, á repressão aberta, se se sentirem fortes para isso.É a luta. E a luta não pára , como a própria vida que é luta. Claro que osreacionários não nos deixarão em paz, pois seu compromisso é com a morte, a guerra e a exploração. É exagero falar esta linguagem aqui no eldorado chamado Unicamp? É sorver a virulência dos textos dos professores reacionários (a maioria) , diretores (a maioria), membros docentes da CONSU(a maioria), tentando criminalizar o movimentoestudantil e de funcionários. E a reação só não funcionará se permanecermos unidos edermos respostas organizadas. Espero que todos estejam sabendo do caso da Vivien, onde um sr., no jornal CorreioPopular apontou o dedo-duro para ela, inventando as coisas mais idiotas, mas ao final pedindo que ela fosse "demitida ao bem do serviço
público".
O texto deste policial-"jornalista" dizia que Vivien apoiava o movimento estudantil - coisa que foi decisão de várias assembléias nossa, portanto de cada um de nós. Que apoiava os estudantes na ocupação - o que tembém foi objeto de aprovação de nossas assembléias. Dizia um outras tantas besteiras como: "Vivien feroz opositora de Lula e do PC doB"- como se opor politicamente fosse crime. Logo se vê que estepolicial-"jornalista" é um tolo e que seu jornal, o Correio Popular, emprega policiais e lhe dá a carteirinha de jornalista. Devemos reagir a este monte de tolice e deduragem? Acho que sim. Principalmente para não deixar que estes métodos policiais floresçam aqui na Unicamp. Mesmo porque a atitude da Reitoria e de muitos de seus apoiadores têm se expressado no desejo de se comportar como policiais e repressores.

POR ISSO ESTAMOS CONVOCANDO UM REUNIÃO PARA ESTA QUINTA-FEIRA, 05/07/07, NUMA SALADE AULA DO IFCH (IH-0?) - ÀS 12: HORAS. Para prontamente respondermos, unidos, estas ameaças.