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segunda-feira, 28 de maio de 2007

Servidores das federais decidem entrar em greve

28/05/2007 - 19h25

Agência do Estado
Da redação

Servidores de 26 Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) entraram em greve hoje por tempo indeterminado. Na pauta de reivindicações, um item prático (aumento dos salários) e dois políticos. Integrantes do movimento são contrários à aprovação do Projeto de Lei Complementar 01, que faz parte do pacote legal do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que fixa um novo limite para gastos com despesas de pessoal. Eles pedem ainda que o governo desista da idéia de adotar novo modelo de administração de hospitais universitários, a "fundação estatal."

O coordenador geral da Federação de Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras, João Paulo Ribeiro, afirmou que somente hoje será possível saber quantos funcionários aderiram ao movimento. Ontem, antes de assembléias locais serem realizadas, ele garantia que universidades federais do Rio, da Bahia, Rio Grande do Sul e Belo Horizonte iriam aderir ao movimento.

Semana passada, uma reunião entre representantes de funcionários e o ministro da Educação, Fernando Haddad, foi realizada, mas não houve entendimento. Um novo encontro está marcado para dia 6. Em nota, o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Ronaldo Mota, afirmou entender que a greve é, em si, um instrumento democrático e legítimo de qualquer categoria de trabalhadores. "Considerando que o movimento dos técnicos administrativos tem por objetivo melhorar as condições de trabalho e defesa das universidades públicas, é merecedor de todo o respeito", destacou.

Ele acrescentou, porém, que a greve traz prejuízos para comunidade em geral, para estudantes e professores.

"Temos o pior piso e teto do funcionalismo", justificou Ribeiro. Ele contou que o piso de carreiras operacionais, por uma jornada de 40 horas semanais é de R$ 701. O teto para funcionários de nível superior, com jornada também de 40 horas semanais, é de R$ 2.600. Para funcionários de nível operacional o último reajuste ocorreu em janeiro de 2005.